A Terra da Rainha vive na nossa imaginação desde a infância. É nas colinas britânicas que se passam a maior parte das fábulas e histórias que lemos sobre a Idade Média. De lá, saíram as lendas do Rei Arthur e de Robin Hood. E é de lá também que vem boa parte do nosso gosto musical: os Beatles, o Pink Floyd, os Rolling Stones e o Queen, só para ficar nos maiores clássicos populares.
Falando assim, até parece que temos muito em comum com os ingleses. Errado. Fora essas influências, a Inglaterra tem história e costumes muito pitorescos, que é bom você conhecer para não ficar boiando. Shall we begin?
…England! O nome original da Inglaterra é, na verdade, um encurtamento da expressão Engla Land, que no inglês arcaico era usada para designar a Terra dos Anglos, ou Land of the Angles.
Com o fim do Império Romano, no século V, os anglos deixaram suas terras na Alemanha, onde viviam numa região chamada Ânglia, e colonizaram a Britânia.
Você com certeza já viu algum cartaz ou meme na Internet começando com essa frase. Geralmente, ela é encabeçada por uma coroa. Na verdade, a brincadeira faz referência a uma campanha do governo britânico, divulgada entre sua população em 1939: Keep calm and carry on. O objetivo era levantar o moral do povo diante da iminência de ataques aéreos durante a Segunda Guerra Mundial.
Os ingleses são famosos pela pontualidade. E seu relógio mais famoso está localizado na torre do Palácio de Westminster, em Londres. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, o nome dele não é Big Ben. Essa é a denominação do sino que se ouve quando o relógio marca uma hora inteira.
Dentro da torre existem cinco sinos. Um deles, o principal e o maior de todos, foi batizado como Big Ben. Ninguém sabe exatamente o motivo, mas a teoria mais aceita é que tenha sido uma homenagem ao engenheiro civil e político Sir Benjamin Hall (1802-1867). Por quê? Bom, só porque o nome dele está gravado no sino.
A moeda de uma libra traz, de um lado, os símbolos dos países que formam o Reino Unido e, do outro, o rosto em perfil da rainha. Como Elizabeth II está no trono desde o início dos anos 1950, ela já teve cinco retratos diferentes cunhados nas moedas, para expressar sua idade em cada época.
Durante quase trezentos anos, o francês foi a língua oficial da Inglaterra. Isso mesmo. Entre 1066 e 1362, as terras inglesas caíram sob domínio dos normandos, povo que vivia na região noroeste da França.
Na época, o rei inglês faleceu sem deixar descendentes e foi sucedido pelo cunhado, Haroldo II. Mas, do outro lado do mar, o duque Guilherme II, da Normandia, decidiu que tinha direito ao trono. Os dois governantes se encontraram na Batalha de Hastings e as tropas de Guilherme derrotaram as de Haroldo.
Para assegurar o trono da Inglaterra, o francês Guilherme II construiu várias fortificações em pontos militares estratégicos. A Torre de Londres foi uma dessas construções e é a mais famosa nos dias de hoje. Ela está localizada às margens do rio Tâmisa, próximo à Ponte de Londres, que dava acesso à antiga cidade. Hoje, a Torre e a Ponte foram engolidas pelo crescimento da metrópole londrina.
Uma curiosidade sobre a Torre de Londres são os seis corvos que vivem nela. As aves são protegidas por um decreto real, com base em uma lenda que diz: “Se os corvos deixarem a Torre de Londres, o Reino ruirá”. O decreto foi de Charles II, que governou a Inglaterra de 1660 a 1685. Até hoje, os corvos são alimentados e cuidados por um profissional especialmente designado para essa tarefa, o Ravenmaster. Cada ave é identificada por uma fita, com seu nome e linhagem.
Durante o século XIX, as agências de turismo inglesas ofereciam aos turistas um passeio macabro: assistir a execuções públicas. Sim, as pessoas consideravam um espetáculo. Escolas organizavam excursões para os alunos, membros da elite possuíam camarotes e, para quem ficasse depois da “festa”, os bêbados davam um show de canto.
No final do século XIX, os primeiros automóveis surgiram pelas ruas da Inglaterra. A elite burguesa estava empolgadíssima dirigindo suas máquinas sobre rodas, a 3,2 km/h. Mas os pedestres e cavalos indefesos exigiam a intervenção do governo.
Uma lei obrigou que todo veículo motorizado fosse precedido por um homem segurando uma bandeira vermelha, para alertar a todos nas ruas do perigo que se aproximava. À noite, a bandeira era substituída por uma lanterna. À medida que os automóveis foram ficando mais comuns – e as multas e acidentes também –, a lei foi sendo abrandada até desaparecer.
A Inglaterra protagonizou a guerra mais curta de todos os tempos, contra a nação africana de Zanzibar. O conflito aconteceu em 1896 e durou só 38 minutos.
O motivo foi a morte do sultão pró-britânico e sua sucessão por outro governante, menos favorável à Inglaterra. Como o país africano havia assinado um tratado que submetia a coroação ao aval do cônsul britânico e o requisito não fora cumprido, as tropas inglesas bombardearam o palácio zanzibari. Como resultado, o país deixou de ser um estado soberano.
Durante mais de 80 anos, protestantes e políticos britânicos viveram na mira do Exército Republicano Irlandês – IRA. Os paramilitares católicos usavam práticas terroristas para defender a saída da Irlanda do Norte do Reino Unido e sua reintegração à República da Irlanda.
Por esse motivo, as lixeiras foram recolhidas das ruas de Londres. A ideia era impedir que membros do IRA escondessem bombas dentro delas. A extinção das latas de lixo nas vias públicas durou cerca de 20 anos.
Na Inglaterra, quando você quiser agradecer a alguém, não use thank you. Prefira dizer cheers. Essa é a palavra preferida dos ingleses para demonstrar gratidão, desejando felicidade à outra pessoa.
A gente sabe que não é educado – nem muito seguro – ficar encarando pessoas estranhas na rua. Mas na Inglaterra isso é motivo de campanha educativa. Anúncios em estações do metrô londrino alertam os turistas para evitarem olhar outras pessoas direto no olho. Está dado o recado.
Aqui, no Brasil, você está acostumado a passear no parque e sentar no banco da praça? Fique tranquilo, porque a Inglaterra tem ótimos espaços para dar longas caminhadas. Inclusive no cemitério. Não é que faltem parques nas cidades, muito pelo contrário, mas passear entre os túmulos é um hábito comum para os ingleses.
Se você fizer seu intercâmbio no interior da Inglaterra ou for visitar cidades menores nos dias de folga, prepare-se para assistir a alguma tradição bem estranha. É que os ingleses adoram uma farra esquisita.
Entre as mais famosas está a Cooper’s Hill Cheese-Rolling and Wake. Todos os anos, o pessoal do vilarejo de Brockworth, na região de Gloucestershire, solta um queijo morro abaixo e vai atrás dele, na tentativa de pegá-lo.
Antigamente, só os moradores podiam participar da competição. Hoje, todos podem correr atrás do laticínio. A organização também mudou: se antes o evento possuía realizadores, agora ele acontece meio que espontaneamente.
A cerveja escura é a bebida mais popular da Inglaterra. Você vai encontrá-la na temperatura ambiente em um dos mais de 5 mil pubs londrinos. Até 2018, o whisky vinha em segundo lugar, mas perdeu espaço para o gim. Tanto é que o destilado de zimbro entrou para a lista de produtos que medem a inflação do país.
Mas, apesar de toda essa predileção dos ingleses pelas bebidas alcoólicas, ficar bêbado na Inglaterra é ilegal. Se isso acontecer, o garçom simplesmente vai deixar de servir seu copo e chamar a polícia. A boa notícia é que você ganha uma carona para casa.
A maioria da polícia britânica não usa armas de fogo. Somente agentes de certas unidades especiais andam armados. Por quê? Desde a Idade Média, o número de homicídios entre ingleses vem caindo. Hoje, a maior parte dos crimes na Inglaterra são contra a propriedade, e não contra a pessoa.
E isso não é privilégio da Terra da Rainha. A exemplo da Noruega e da Islândia, a polícia de toda a Grã-Bretanha realiza patrulhas desarmadas. Para você ter uma ideia, entre 2013 e 2014, todos os policiais ingleses e galeses, juntos, realizaram somente três disparos.
Em toda a Europa, a Inglaterra possui o maior índice de obesos: eles formam 23% da população. E não para por aí: estimativas mostram que 38% dos ingleses estão com o peso acima da média.
A responsabilidade de tanta gordice está nos hábitos alimentares da população. E provavelmente no prato mais popular: fish and chips, ou seja, peixe frito com batata frita. Essa iguaria foi criada em 1860 por Joseph Malin, um imigrante judeu.
Essa é a opinião de vários países europeus em relação aos pratos da Inglaterra. Realmente, o cardápio do dia a dia não é lá muito criativo. Além do já citado fish and chips, outras duas presenças marcantes no almoço são a carne com batatas e o purê de batata com salsicha.
Nem os próprios ingleses parecem aguentar mais a mesmice, à medida que a culinária dos imigrantes toma cada vez mais conta da mesa deles. Só para você ter uma ideia, Robin Cook disse em 2001, quando era ministro do governo inglês, que o Chicken Tikka Masala, prato de origem indiana, era “um verdadeiro prato nacional britânico”.
Por outro lado, a confeitaria inglesa não deixa nada a desejar. Quando você estiver na Inglaterra, não pode deixar de provar o pudim de Yorkshire, os muffins, a torta de maçã, o bolo Bakewell e o bolo Eccles.
Na Inglaterra, os feriados são emendados com os finais de semana. Todos eles caem numa segunda-feira ou numa sexta-feira e recebem o nome de Bank Holydays, com exceção do Natal e da Páscoa.
Se você gosta de jardins botânicos, provavelmente vai amar este. Só que não. Na Inglaterra, há um jardim específico para plantas venenosas. O Poison Garden é um jardim anexo ao Alnwick Garden, localizado no Castelo de Alnwick, na cidade de mesmo nome, em Northumberland,
No portão de entrada do perigoso jardim, é possível ler a seguinte advertência: these plants can kill.
A partir de 2025, haverá uma mudança significativa para os brasileiros que desejam visitar o Reino Unido, seja para turismo ou negócios de curta duração. O governo britânico está introduzindo a Autorização Eletrônica de Viagem (ETA), uma nova exigência que afetará os viajantes do Brasil. Aqui, a Hello Study te ajuda a entender essa nova … Continue reading Brasileiros Precisarão de Visto para Entrar no Reino Unido a Partir de 2025: Saiba Tudo Sobre a Nova Exigência de Autorização Eletrônica (ETA)
Aqui na Hello Study, nós sabemos que trabalhar enquanto estuda na Irlanda é uma excelente oportunidade para adquirir experiência internacional, melhorar o inglês e, claro, ganhar uma graninha extra para ajudar nas despesas do dia a dia. Mas você sabe como funciona o processo para estudantes internacionais conseguirem trabalho na Irlanda? Se a resposta for … Continue reading Como Estudantes Internacionais Podem Trabalhar na Irlanda: O Guia Completo da Hello Study
Se você está planejando fazer um intercâmbio na Irlanda, já deve estar se perguntando sobre o custo de vida no país, certo? Aqui na Hello Study, nós sabemos o quanto essa questão é importante para os estudantes, por isso preparamos um guia completo sobre o que você pode esperar em termos de despesas durante o … Continue reading Custo de Vida na Irlanda: O Que Esperar Durante Seu Intercâmbio